O Papel Feminino nas Sociedades Africanas:
Não se pode falar em Ancestralidade sem lembrarmos do fundamental papel feminino na Cultura e Tradição Africana, assim sendo, fizemos uma coletânea de textos que acreditamos ser de suma importância para a compreensão do papel da mulher nesta cultura. Infelizmente também há passagens fortes, pois aqui abordaremos também alguns rituais polêmicos como a Circuncisão Feminina realizada por algumas tribos. É bom que se diga também que estes rituais não são praticados em todos os locais e etnias, más sim por parte de uma minoria. Hoje há um consenso mundial em torno da ideia de que se deve erradicar este antigo costume tribal que mutila o orgão genital feminino. Obrigado a todos, vamos então ao tema base deste tópico, "A Maternidade na África Ocidental". A maternidade tem um papel importante em todas as sociedades, mas dentro da cultura africana, uma mulher vale freqüentemente pelo número de crianças que ela puder gerar. Em sociedades tradicionais Africanas, a mulher tem como principal finalidade a geração e a criação dos filhos. Percebendo a importância desta posição, há muitos rituais e uma grande quantidade de obras dedicadas à mulher, para que então elas tomem as devidas medidas para se tornarem mães.
( * ) . Quero que o meu filho seja homem, sonho em me casar com um homem que tenha uma fazenda, e assim veremos com prazer, as cebolas e pimentões que nela cresçam.
- A Puberdade:
O primeiro passo para se tornar uma mãe é a menina se tornar uma mulher. Na puberdade, as moças são instruídas sobre o parto, bem como nos segredos e tabus da menstruação. A maioria delas se inicia por vários meses, normalmente durante a estação da seca. As meninas ficam isoladas com algumas mulheres anciãs da aldeia. As verdadeiras práticas que ocorrem, variam fortemente de tribo a tribo. Algumas dessas cerimônias são aceitáveis, com rituais de canções e danças, a ingestão de certos alimentos, e ainda o surgimento dos seres mascarados. A maioria das cerimônias embora sejam uma impiedosa introdução à vida das mulheres na vida adulta, algumas cerimônias infelizmente incluem também a prática da mutilação genital feminina, a chamada "Circuncisão Feminina".
Entendendo melhor o que são estes processos:
- Clitoridectomia: uma parte ou todo o clitóris é amputado e o sangramento é interrompido com pressão local ou curativo.
- Excisão: A remoção do clitóris e os lábios interiores, com sangramento para através de sutura.
- Infibulação: É a remoção do clitóris e de parte deste, ou em menor escala a extirpação total dos lábios. Incisões são feita nos lábios para criar uma superfície bruta que é mantida em contacto através de sutura ou então amarrando as pernas juntas, quando cicatriza, ela cria uma camada de pele que cobre a maior parte da vagina. Essa camada da pele deve ser cortada antes de do parto e, após o qual, são freqüentes as re-infibulações.
- Um processo típico:
Uma mulher mais velha da comunidade muitas vezes faz este procedimento, utilizando-se apenas de seu conhecimento prático. Ocasionalmente uma pessoa com conhecimentos de enfermagem pode estar disponível e administrar algum anestésico, embora isso seja raro. Na maioria das vezes não há qualquer tentativa feita para reduzir a dor. Na maioria Casos, as mulheres mais velhas seguram a menina para baixo com ela pernas abertas. A remoção é muitas vezes realizada de forma insalubre, pois são utilizados diferentes instrumentos, desde a tesoura, até uma tampa de lata, ou mesmo um caco de vidro. Algumas meninas passam por um processo de ter os seus grandes lábios fechados com pontos ou mesmo espinhos. A cicatrização é acelerada com algumas substancias. Uma menina pode ter suas pernas atadas por até quarenta dias, com a intenção de ajudar sarar a ferida. Estima-se que 135 milhões Mulheres tenham sido submetidos a este procedimento e que outros dois milhões estão em risco todos os anos.
Os efeitos de curto prazo na Clitoridectomia ou Excisão:
Uma tremenda quantidade de dor durante a operação, Incapacidade de urinar durante horas ou até mesmo dias devido ao inchaço e inflamação da vulva, dor e desconforto retenção da urina, infecções urinárias, dor nas costas e pressão sobre os rins, desmaio e choque. Danos à uretra ou ânus também são possíveis se o circumcisador for inexperientes ou a menina de repente se mover numa tentativa de fugir da operação.
- Seus efeitos secundários a longo prazo:
Em termos físicos, que habitualmente não existem efeitos colaterais de longo prazo deste procedimento. Ainda assim, algumas mulheres irão lidar com anos de infecções, insensibilidade, bem como a dor e hemorragia intermitente. A formação de um abscesso ou de um neuroma (um tumor benigno do nervo) pode ocorrer, outro possível efeito colateral é a ruptura da cicatriz do clitóris durante o parto, pois a genitália feminina torna-se sem elasticidade. Outro efeito colateral comum pode ser infertilidade, que pode ser devastadora para uma mulher que vive em um país onde o seu valor é medido pela sua capacidade de gerar filhos.
- O contra-ponto:
Quando eu era pequena, cerca de seis anos, eu não podia esperar para ser circuncisada. Lembro-me de que insistia com minha mãe constantemente para levar-me a parteira do local para que esta me circuncisa-se. Ainda me lembro que minha mãe dizia para que eu esperasse um pouco mais ate que minha irmã ficasse um pouco mais velha, para que então fossemos circunsisadas juntas. Fiquei realmente sonhando com minha passagem para o mundo adulto e com as jóias douradas, a henna um futuro casamento. Pessoalmente, eu acho que eu não teria suportado, se a minha mãe depois desse tempo não nos tivesse circunsisado.
( * ). O Depoimento acima, foi feito por uma mulher sudanesa de quarenta e cinco anos.
A Identidade Cultural:
Países que praticam circuncisão feminina têm várias razões para este procedimento. Uma das razões mais regular é a identidade cultural. Nestes grupos circuncisão feminina é tão comum que as pessoas não poderiam imaginar não tê-las. Para eles a prática é um costume que Significa que a criança é agora um adulto. Este processo é tão importante para as pessoas que mesmo o falecido presidente do Quênia, Jomo Kenyatta, pensava que sua proibição iria destruir o sistema tribal. Este procedimento também marca a passagem de uma menina para a fase adulta, quando então ela ira se tornar uma mulher. Outra razão é que muitas vezes dada sua identidade sexual, muitas culturas vêem o clitóris e lábios como o "uma peça masculina" incrustada numa fêmea. A remoção destes, tornaria a mulher mais feminina, e isso é importante para que uma mulher possa vir a encontrar um marido. Este procedimento também marcaria a passagem de uma menina para a fase adulta, quando então tornar-se-ia uma mulher de fato. Algumas pessoas acreditam também que as mulheres não circuncisadas são nojentas e não tem autorização de preparar ou manipular alimentos ou mesmo água.
O Casamento:
O casamento é um passo muito importante na vida de toda mulher africana. Muitas vezes, o filho irá escolher uma mulher e informar o seu pai. Configurando o casamento torna-se-a então o responsavel pela união. A mãe vai perguntar muitas vezes em torno da aldeia para se segurar da reputação da menina e verificar se há doença no seio da família desta. Se a mãe aprovar, o pai vai em seguida iniciar as negociações. Muitas vezes a família da menina, irá fazer uma avaliação semelhante à da família do rapaz. Se ambos forem avaliados de forma positiva, dá-se o início então aos planos de casamento. Com relação ao dote, o chefe da família do marido geralmente paga a família da noiva por sua perda. Até o momento do casamento usualmente são feitos três pagamentos: Um no início das negociações, outro quando o acordo for feito, e o pagamento final, quando então a noiva será fisicamente levada e dada ao noivo. Na Cultura Tradicional Yorùbá as crianças são nubentes desde a infância, e os casamentos são acertados por suas famílias. Não há um conceito de opção ou amor romântico. Existe um noivo, e o preço a ser pago para a futura noiva da família. Metade desta taxa paga vai para a noiva para ajudá-la em sua criação. O restante é dividido entre os membros da família para compensar as perdas. Este valor pago, também dará ao futuro marido, um acesso sexual exclusivo sobre a sua mulher e os direitos plenos sobre as crianças geradas nessa união. O papel principal da mulher é ser uma boa mãe, e isso significa ser uma boa geradora de filhos. Tradicionalmente as mulheres são supostamente virgens, quando entram no casamento. Más existem exceções com relação a este conceito.
No Gabão, as mulheres são aguardadas para provar sua fertilidade concebendo um filho antes do casamento. Se a criança for do sexo masculino, será a família do futuro marido que irá cuidar do bebê e antes da finalização do casamento, pagando o preço da noiva, pois esta comprovou sua alta qualidade. Se em algum momento a mulher deixar o lar conjugal à família da noiva deve devolver os presentes que havia recebido. Já na concepção de áreas matriarcais, elas não hesitarão em voltar para sua casa, seus maridos raramente as enviam de volta. Iriam sim, queixar-se e evocar a legislação local, para resolver qualquer problema com a sua esposa e traze-la de volta. Já em outras tribos, é comum que a mulher regresse a sua casa, quando ela já não pode mais dar à luz. Entre os Yorùbá existe uma alta taxa de divórcio, pois há pouco ou quase nenhum estigma associado à mulher ser divorciada.
A Poligamia:
- Para algumas mulheres casamento significa que elas irão encontrar-se numa relação polígama. Neste sistema geralmente todas as esposas vivem com o marido, e têm cada uma seu quarto em separado. Elas cozinham para si e para os seus filhos e se revezam no ato cozinhar para o marido. As mulheres têm classificações diferentes, dependendo de quanto tempo elas estão casadas. Mais alto é seu status familiar, com freqüência são atribuidas tarefas caseiras as esposas mais novas. Muitas mulheres defendem este sistema, alegando que ele lhes dá mais tempo livre e liberdade, pois as responsabilidades domésticas são partilhadas. Este Sistema também cria uma grande concorrência entre as esposas. Acredita-se que o marido supostamente partilha tudo com todas as suas esposas e filhos de forma igualitária, mas isso nem sempre é o que ocorre.
- Troca de Esposas:
Um pequeno grupo de pessoas situadas no planalto do Níger, praticavam a "Troca de Esposa". Este intercâmbio seguia um conjunto de regras restritas. A mulher sempre devia ser virgem em seu primeiro casamento. Após este primeiro casamento, ela poderia casar-se várias vezes, mas só podia viver com um marido de cada vez. O marido tinha que permitir o acesso à sua esposa para seus irmãos, e ele, por sua vez, teria acesso às esposas destes. Mulheres também poderiam ter um amante, que também seria casado, e que iria pagar ao marido desta, uma compensação. Se esperava que o amante protegesse a mulher ainda mais que o marido. Quando a mulher tivesse filhos eles iriam para o primeiro marido, que teria, em seguida, que dar-lhes a seus pais, uma vez que ele também recebeu um pagamento.
- A Fertilidade:
( * ). Que é realmente o fim do mundo? Ela é inútil para a sociedade, se ela não foi mãe? Ela é inútil para o mundo se é solteira? Certamente não.
Na Sociedade africana, a fertilidade é muito importante. "Tanto homens quanto mulheres possuem apenas um significado de vida, e são julgados pelo número de filhos que trazem ao mundo. Para eles, não ter filhos é considerado como uma grande tragédia humana." Os rapazes tendem a ser mais fortemente desejados uma vez que podem contribuir com o trabalho físico. Ao mesmo tempo em que as moças não são consideradas uma coisa má. Afinal elas irão garantir que o legado seja passado de família em família através de suas crianças. A preparação das crianças começa desde a tenra idade. Muitas vezes jovens meninas africanas carregam bonecos com elas para lhes dar um sentido de preparação para o casamento e fertilidade. Estes bonecos são muito simples muitas vezes feitas a partir de um simples pedaço de madeira, outras bonecas podem ser feitas de contas de vidro e pedaços de material estranho. Estes bonecos nunca são destinados a ser brinquedos. Estes bonecos são para conter uma espécie de magia e devem ser protegidos e acarinhados ou eles não cumprem a sua finalidade. Geralmente as mulheres vão transportar esses bonecos até terem o seu primeiro filho.
Em Gana mulheres Ashanti grávidas sempre portavam um boneco no seu dia a dia. Este boneco, supostamente serviria para garantir o nascimento de uma criança linda. "Se elas querem um menino, o boneco terá um símbolo de lua em forma de disco esculpido na face. Com um delicado nariz, olhos definidos em forma de amêndoa e sobrancelhas arqueadas, estes bonecos são normalmente pretos. Se uma menina é desejada, o boneco tomará outra forma, a pequena cabeça é plana, estreita e retangular e na parte inferior do rosto, terá olhos redondos. Já no topo da cabeça, havera fios de cabelo, este boneco também possuirá um corpo cilíndrico, mas não portará armas como no caso do primeiro, além do que, estes bonecos femininos, são sempre confeccionados na cor marrom.
Na Cultura Yorùbá da Nigéria, gêmeos são freqüentemente desejados. Pois se acredita que gêmeos trazem boa sorte e prosperidade para a família. As mulheres que os querem, vão transportar bonecos, chamados Ibeiji com elas. Quando um dos gêmeos morre, o seu irmão gêmeo continuara a ser tratado através deste boneco como se fosse o seu próprio filho. Quando o gêmeo sobrevivente tornar-se um adulto é ele que certamente irá cuidar do boneco. Os Ibeiji yorùbá refletem claramente o seu estilo, com típicas narinas grandes e salientes, olhos redondos, lábios grossos, e marcas tribais, e também por um par de grandes orelhas. Geralmente os cabelos são numa espécie de crista protuberante voltada para trás.
- O Papel da Mãe:
( * ). Há um ditado Yorùbá que diz: - A Mãe é ouro, o Pai é vidro.
O papel da mãe é extremamente importante dentro da sociedade africana. O papel feminino se baseia em torno da idéia de que a mulher em princípio pode e deve gerar filhos. A forma que utilizar para cuidar dos seus filhos demonstrará a todos, a sua paciência, gentileza, suavidade e persistência, e com esta atitude, formará um estreito relacionamento com os seus filhos, o que terminará por proporcionar um forte laço maternal nessa cultura.
O Ashanti considera o vínculo entre mãe e filho como a pedra angular de todas as relações sociais. Eles consideram-na como uma relação moral que é absolutamente obrigatória. Uma mulher Ashanti não mede o trabalho que faz por seus filhos. Especialmente para os alimentar, vestir e educa-los, ela trabalha duro. Ela às vezes até aborrece o marido para certificar-se de que ele realiza fielmente os seus deveres como guardião legal da criança. Nenhum trabalho é demasiado exagerado para uma mãe Ashanti realizar, ela em contra-partida, exige de seus filhos a obediência e o respeito afetuoso. Nessa sociedade, mostrar qualquer desrespeito a uma mãe é o equivalente a cometer um sacrilégio.
Uma das razões por detrás desta forte ligação pode vir a partir do período de aleitamento. Durante os três primeiros anos de vida a criança alimenta-se tanto quanto queira. Durante este tempo a mulher não menstrual e praticam a abstinência sexual. É sua convicção que, der à luz um filho, e não o amamentar bem, a longo prazo, ele poderá não gostar de você, porque não ficou devidamente bem servido com o leite de seu próprio peito. Nessa sociedade, se a mulher der à luz a um filho, e dentro do próximo ano nascer outro, ela será chamada de "prostituta", porque não permitiu que a primeira criança fosse bem alimentada. Este tempo de nutrição permite um forte vínculo físico e emocional entre mãe e a criança.
Esta ligação permanecerá forte durante toda a vida da criança, dando a mãe uma extrema quantidade de poder sobre seus filhos e gerações mais jovens em geral. De fato, as mulheres têm direitos exclusivos sobre a criança até que ela seja desmamada. Estes direitos adquiridos, combinados, com a forte relação que se estabelece entre mãe e seu filho, pode significar que as crianças crescidas muitas vezes optem por permanecer com a mãe.
- A Menopausa:
( * ). Provérbio Luba: - Um deles não nasceu bonito, mas se torna belo ao longo da vida.
Para a mulher africana, a menopausa é importante, pois traz mais respeito e liberdade. Quando uma mulher é atinge este status, e tendo filhos, muitas vezes pode optar por regressar ao seu próprio local. Principalmente se ela for financeiramente capaz, puder construir sua própria casa.
(*). Na concepção Yorùbá, todas as mulheres idosas são consideradas Ìyá Mí Ajé, pois tem o poder de dar a vida, elas também não possuem uma conotação negativa, ao invés disso, elas recebem respeito, carinho, e deferência. Acredita-se ainda, que pelo fato delas possuirem o poder da vida, tenham um melhor acesso a Deus.
Fonte:- Amadiume, Ifi. Re-Inventing Africa: Matriarchy, religion and culture. New York: Zed Books, 1997. Amadiume, Ifi. Re-Inventando Africa: Matriarchy, religião e cultura. Nova Iorque: Zed Books, 1997.
- Coquery-Vidrovitch, Catherine. African Women: A Modern History. Colorado: Westview Press, 1997. Coquery-Vidrovitch, Catherine. Africano Mulheres: Uma História Moderna. Colorado: Westview Press, 1997.
- Diop, Cheikh Anta. The Cultural Unity of Black Africa. Chicago: Third World Press, 1963. Diop, Cheikh Anta. A Unidade Cultural da África Negra. Chicago: Third World Press, 1963.
- Levy, Patricia. Cultures of the World: Ghana. New York: Marshall Cavendish, 1999. Levy, Patricia. Culturas do Mundo: Gana. New York: Marshall Cavendish, 1999.
- Lyons, Andrew & Lyons. Irregular Connections: A History of Anthropology and Sexuality. Illinois: University of Nebraska Press, 2004. Lyons, Andrew & Lyons. Irregular Connections: A History of Antropologia e Sexualidade. Illinois: University of Nebraska Press, 2004.
- Meyer, Laure. Art and Craft in Africa: Everyday Life, Ritual, Court Art. Paris: Finest S.A./Editions Pierre Terrail, 1994. Meyer, Laure. Arte e Artesanato em África: Diariamente Vida, Ritual, Arte Tribunal. Paris: Finest SA / Edições Pierre Terrail, 1994. 8 fev excluir ESTOU AUSENTE
Nasta, Susheila. Motherlands: Black Women's Writing from Africa, the Caribbean and South Asia. New Jersey: Rutgers University Press, 1992. Nasta, Susheila. Motherlands: Black Women's Writing de África, das Caraíbas e do Sul da Ásia. New Jersey: Rutgers University Press, 1992.
- Preston Blier, Suzanne. The Royal Arts of Africa: The Majesty of Form. New Jersey: Prentice Hall, 1998. Preston Blier, Suzanne. The Royal Artes da África: A Majestade do Formulário. New Jersey: Prentice Hall, 1998.
- Sheehan, Patricia. Cultures of the World: C ôte d'Ivoire. New York: Marshall Cavendish, 1999. Sheehan, Patricia. Cultures of the World: C ôte d'Ivoire. New York: Marshall Cavendish, 1999.
- Thompson Drewal, Margaret. Yoruba Ritual. Indiana: Indiana University Press, 1992. Drewal Thompson, Margaret. Yoruba Ritual. Indiana: Indiana University Press, 1992.
- Wassing, R.S. African Art: Its Background and Traditions. New York: Portland House, 1988. Wassing, RS Africano Arte: O seu Contexto e Tradições. New York: Portland House, 1988.
- Willet, Frank. African Art. New York: Thames & Hudson, 1971. Willet, Frank. Africano art. New York: Thames & Hudson, 1971.
http://fagbenusola.com/br/woman.html
Não se pode falar em Ancestralidade sem lembrarmos do fundamental papel feminino na Cultura e Tradição Africana, assim sendo, fizemos uma coletânea de textos que acreditamos ser de suma importância para a compreensão do papel da mulher nesta cultura. Infelizmente também há passagens fortes, pois aqui abordaremos também alguns rituais polêmicos como a Circuncisão Feminina realizada por algumas tribos. É bom que se diga também que estes rituais não são praticados em todos os locais e etnias, más sim por parte de uma minoria. Hoje há um consenso mundial em torno da ideia de que se deve erradicar este antigo costume tribal que mutila o orgão genital feminino. Obrigado a todos, vamos então ao tema base deste tópico, "A Maternidade na África Ocidental". A maternidade tem um papel importante em todas as sociedades, mas dentro da cultura africana, uma mulher vale freqüentemente pelo número de crianças que ela puder gerar. Em sociedades tradicionais Africanas, a mulher tem como principal finalidade a geração e a criação dos filhos. Percebendo a importância desta posição, há muitos rituais e uma grande quantidade de obras dedicadas à mulher, para que então elas tomem as devidas medidas para se tornarem mães.
( * ) . Quero que o meu filho seja homem, sonho em me casar com um homem que tenha uma fazenda, e assim veremos com prazer, as cebolas e pimentões que nela cresçam.
- A Puberdade:
O primeiro passo para se tornar uma mãe é a menina se tornar uma mulher. Na puberdade, as moças são instruídas sobre o parto, bem como nos segredos e tabus da menstruação. A maioria delas se inicia por vários meses, normalmente durante a estação da seca. As meninas ficam isoladas com algumas mulheres anciãs da aldeia. As verdadeiras práticas que ocorrem, variam fortemente de tribo a tribo. Algumas dessas cerimônias são aceitáveis, com rituais de canções e danças, a ingestão de certos alimentos, e ainda o surgimento dos seres mascarados. A maioria das cerimônias embora sejam uma impiedosa introdução à vida das mulheres na vida adulta, algumas cerimônias infelizmente incluem também a prática da mutilação genital feminina, a chamada "Circuncisão Feminina".
Entendendo melhor o que são estes processos:
- Clitoridectomia: uma parte ou todo o clitóris é amputado e o sangramento é interrompido com pressão local ou curativo.
- Excisão: A remoção do clitóris e os lábios interiores, com sangramento para através de sutura.
- Infibulação: É a remoção do clitóris e de parte deste, ou em menor escala a extirpação total dos lábios. Incisões são feita nos lábios para criar uma superfície bruta que é mantida em contacto através de sutura ou então amarrando as pernas juntas, quando cicatriza, ela cria uma camada de pele que cobre a maior parte da vagina. Essa camada da pele deve ser cortada antes de do parto e, após o qual, são freqüentes as re-infibulações.
- Um processo típico:
Uma mulher mais velha da comunidade muitas vezes faz este procedimento, utilizando-se apenas de seu conhecimento prático. Ocasionalmente uma pessoa com conhecimentos de enfermagem pode estar disponível e administrar algum anestésico, embora isso seja raro. Na maioria das vezes não há qualquer tentativa feita para reduzir a dor. Na maioria Casos, as mulheres mais velhas seguram a menina para baixo com ela pernas abertas. A remoção é muitas vezes realizada de forma insalubre, pois são utilizados diferentes instrumentos, desde a tesoura, até uma tampa de lata, ou mesmo um caco de vidro. Algumas meninas passam por um processo de ter os seus grandes lábios fechados com pontos ou mesmo espinhos. A cicatrização é acelerada com algumas substancias. Uma menina pode ter suas pernas atadas por até quarenta dias, com a intenção de ajudar sarar a ferida. Estima-se que 135 milhões Mulheres tenham sido submetidos a este procedimento e que outros dois milhões estão em risco todos os anos.
Os efeitos de curto prazo na Clitoridectomia ou Excisão:
Uma tremenda quantidade de dor durante a operação, Incapacidade de urinar durante horas ou até mesmo dias devido ao inchaço e inflamação da vulva, dor e desconforto retenção da urina, infecções urinárias, dor nas costas e pressão sobre os rins, desmaio e choque. Danos à uretra ou ânus também são possíveis se o circumcisador for inexperientes ou a menina de repente se mover numa tentativa de fugir da operação.
- Seus efeitos secundários a longo prazo:
Em termos físicos, que habitualmente não existem efeitos colaterais de longo prazo deste procedimento. Ainda assim, algumas mulheres irão lidar com anos de infecções, insensibilidade, bem como a dor e hemorragia intermitente. A formação de um abscesso ou de um neuroma (um tumor benigno do nervo) pode ocorrer, outro possível efeito colateral é a ruptura da cicatriz do clitóris durante o parto, pois a genitália feminina torna-se sem elasticidade. Outro efeito colateral comum pode ser infertilidade, que pode ser devastadora para uma mulher que vive em um país onde o seu valor é medido pela sua capacidade de gerar filhos.
- O contra-ponto:
Quando eu era pequena, cerca de seis anos, eu não podia esperar para ser circuncisada. Lembro-me de que insistia com minha mãe constantemente para levar-me a parteira do local para que esta me circuncisa-se. Ainda me lembro que minha mãe dizia para que eu esperasse um pouco mais ate que minha irmã ficasse um pouco mais velha, para que então fossemos circunsisadas juntas. Fiquei realmente sonhando com minha passagem para o mundo adulto e com as jóias douradas, a henna um futuro casamento. Pessoalmente, eu acho que eu não teria suportado, se a minha mãe depois desse tempo não nos tivesse circunsisado.
( * ). O Depoimento acima, foi feito por uma mulher sudanesa de quarenta e cinco anos.
A Identidade Cultural:
Países que praticam circuncisão feminina têm várias razões para este procedimento. Uma das razões mais regular é a identidade cultural. Nestes grupos circuncisão feminina é tão comum que as pessoas não poderiam imaginar não tê-las. Para eles a prática é um costume que Significa que a criança é agora um adulto. Este processo é tão importante para as pessoas que mesmo o falecido presidente do Quênia, Jomo Kenyatta, pensava que sua proibição iria destruir o sistema tribal. Este procedimento também marca a passagem de uma menina para a fase adulta, quando então ela ira se tornar uma mulher. Outra razão é que muitas vezes dada sua identidade sexual, muitas culturas vêem o clitóris e lábios como o "uma peça masculina" incrustada numa fêmea. A remoção destes, tornaria a mulher mais feminina, e isso é importante para que uma mulher possa vir a encontrar um marido. Este procedimento também marcaria a passagem de uma menina para a fase adulta, quando então tornar-se-ia uma mulher de fato. Algumas pessoas acreditam também que as mulheres não circuncisadas são nojentas e não tem autorização de preparar ou manipular alimentos ou mesmo água.
O Casamento:
O casamento é um passo muito importante na vida de toda mulher africana. Muitas vezes, o filho irá escolher uma mulher e informar o seu pai. Configurando o casamento torna-se-a então o responsavel pela união. A mãe vai perguntar muitas vezes em torno da aldeia para se segurar da reputação da menina e verificar se há doença no seio da família desta. Se a mãe aprovar, o pai vai em seguida iniciar as negociações. Muitas vezes a família da menina, irá fazer uma avaliação semelhante à da família do rapaz. Se ambos forem avaliados de forma positiva, dá-se o início então aos planos de casamento. Com relação ao dote, o chefe da família do marido geralmente paga a família da noiva por sua perda. Até o momento do casamento usualmente são feitos três pagamentos: Um no início das negociações, outro quando o acordo for feito, e o pagamento final, quando então a noiva será fisicamente levada e dada ao noivo. Na Cultura Tradicional Yorùbá as crianças são nubentes desde a infância, e os casamentos são acertados por suas famílias. Não há um conceito de opção ou amor romântico. Existe um noivo, e o preço a ser pago para a futura noiva da família. Metade desta taxa paga vai para a noiva para ajudá-la em sua criação. O restante é dividido entre os membros da família para compensar as perdas. Este valor pago, também dará ao futuro marido, um acesso sexual exclusivo sobre a sua mulher e os direitos plenos sobre as crianças geradas nessa união. O papel principal da mulher é ser uma boa mãe, e isso significa ser uma boa geradora de filhos. Tradicionalmente as mulheres são supostamente virgens, quando entram no casamento. Más existem exceções com relação a este conceito.
No Gabão, as mulheres são aguardadas para provar sua fertilidade concebendo um filho antes do casamento. Se a criança for do sexo masculino, será a família do futuro marido que irá cuidar do bebê e antes da finalização do casamento, pagando o preço da noiva, pois esta comprovou sua alta qualidade. Se em algum momento a mulher deixar o lar conjugal à família da noiva deve devolver os presentes que havia recebido. Já na concepção de áreas matriarcais, elas não hesitarão em voltar para sua casa, seus maridos raramente as enviam de volta. Iriam sim, queixar-se e evocar a legislação local, para resolver qualquer problema com a sua esposa e traze-la de volta. Já em outras tribos, é comum que a mulher regresse a sua casa, quando ela já não pode mais dar à luz. Entre os Yorùbá existe uma alta taxa de divórcio, pois há pouco ou quase nenhum estigma associado à mulher ser divorciada.
A Poligamia:
- Para algumas mulheres casamento significa que elas irão encontrar-se numa relação polígama. Neste sistema geralmente todas as esposas vivem com o marido, e têm cada uma seu quarto em separado. Elas cozinham para si e para os seus filhos e se revezam no ato cozinhar para o marido. As mulheres têm classificações diferentes, dependendo de quanto tempo elas estão casadas. Mais alto é seu status familiar, com freqüência são atribuidas tarefas caseiras as esposas mais novas. Muitas mulheres defendem este sistema, alegando que ele lhes dá mais tempo livre e liberdade, pois as responsabilidades domésticas são partilhadas. Este Sistema também cria uma grande concorrência entre as esposas. Acredita-se que o marido supostamente partilha tudo com todas as suas esposas e filhos de forma igualitária, mas isso nem sempre é o que ocorre.
- Troca de Esposas:
Um pequeno grupo de pessoas situadas no planalto do Níger, praticavam a "Troca de Esposa". Este intercâmbio seguia um conjunto de regras restritas. A mulher sempre devia ser virgem em seu primeiro casamento. Após este primeiro casamento, ela poderia casar-se várias vezes, mas só podia viver com um marido de cada vez. O marido tinha que permitir o acesso à sua esposa para seus irmãos, e ele, por sua vez, teria acesso às esposas destes. Mulheres também poderiam ter um amante, que também seria casado, e que iria pagar ao marido desta, uma compensação. Se esperava que o amante protegesse a mulher ainda mais que o marido. Quando a mulher tivesse filhos eles iriam para o primeiro marido, que teria, em seguida, que dar-lhes a seus pais, uma vez que ele também recebeu um pagamento.
- A Fertilidade:
( * ). Que é realmente o fim do mundo? Ela é inútil para a sociedade, se ela não foi mãe? Ela é inútil para o mundo se é solteira? Certamente não.
Na Sociedade africana, a fertilidade é muito importante. "Tanto homens quanto mulheres possuem apenas um significado de vida, e são julgados pelo número de filhos que trazem ao mundo. Para eles, não ter filhos é considerado como uma grande tragédia humana." Os rapazes tendem a ser mais fortemente desejados uma vez que podem contribuir com o trabalho físico. Ao mesmo tempo em que as moças não são consideradas uma coisa má. Afinal elas irão garantir que o legado seja passado de família em família através de suas crianças. A preparação das crianças começa desde a tenra idade. Muitas vezes jovens meninas africanas carregam bonecos com elas para lhes dar um sentido de preparação para o casamento e fertilidade. Estes bonecos são muito simples muitas vezes feitas a partir de um simples pedaço de madeira, outras bonecas podem ser feitas de contas de vidro e pedaços de material estranho. Estes bonecos nunca são destinados a ser brinquedos. Estes bonecos são para conter uma espécie de magia e devem ser protegidos e acarinhados ou eles não cumprem a sua finalidade. Geralmente as mulheres vão transportar esses bonecos até terem o seu primeiro filho.
Em Gana mulheres Ashanti grávidas sempre portavam um boneco no seu dia a dia. Este boneco, supostamente serviria para garantir o nascimento de uma criança linda. "Se elas querem um menino, o boneco terá um símbolo de lua em forma de disco esculpido na face. Com um delicado nariz, olhos definidos em forma de amêndoa e sobrancelhas arqueadas, estes bonecos são normalmente pretos. Se uma menina é desejada, o boneco tomará outra forma, a pequena cabeça é plana, estreita e retangular e na parte inferior do rosto, terá olhos redondos. Já no topo da cabeça, havera fios de cabelo, este boneco também possuirá um corpo cilíndrico, mas não portará armas como no caso do primeiro, além do que, estes bonecos femininos, são sempre confeccionados na cor marrom.
Na Cultura Yorùbá da Nigéria, gêmeos são freqüentemente desejados. Pois se acredita que gêmeos trazem boa sorte e prosperidade para a família. As mulheres que os querem, vão transportar bonecos, chamados Ibeiji com elas. Quando um dos gêmeos morre, o seu irmão gêmeo continuara a ser tratado através deste boneco como se fosse o seu próprio filho. Quando o gêmeo sobrevivente tornar-se um adulto é ele que certamente irá cuidar do boneco. Os Ibeiji yorùbá refletem claramente o seu estilo, com típicas narinas grandes e salientes, olhos redondos, lábios grossos, e marcas tribais, e também por um par de grandes orelhas. Geralmente os cabelos são numa espécie de crista protuberante voltada para trás.
- O Papel da Mãe:
( * ). Há um ditado Yorùbá que diz: - A Mãe é ouro, o Pai é vidro.
O papel da mãe é extremamente importante dentro da sociedade africana. O papel feminino se baseia em torno da idéia de que a mulher em princípio pode e deve gerar filhos. A forma que utilizar para cuidar dos seus filhos demonstrará a todos, a sua paciência, gentileza, suavidade e persistência, e com esta atitude, formará um estreito relacionamento com os seus filhos, o que terminará por proporcionar um forte laço maternal nessa cultura.
O Ashanti considera o vínculo entre mãe e filho como a pedra angular de todas as relações sociais. Eles consideram-na como uma relação moral que é absolutamente obrigatória. Uma mulher Ashanti não mede o trabalho que faz por seus filhos. Especialmente para os alimentar, vestir e educa-los, ela trabalha duro. Ela às vezes até aborrece o marido para certificar-se de que ele realiza fielmente os seus deveres como guardião legal da criança. Nenhum trabalho é demasiado exagerado para uma mãe Ashanti realizar, ela em contra-partida, exige de seus filhos a obediência e o respeito afetuoso. Nessa sociedade, mostrar qualquer desrespeito a uma mãe é o equivalente a cometer um sacrilégio.
Uma das razões por detrás desta forte ligação pode vir a partir do período de aleitamento. Durante os três primeiros anos de vida a criança alimenta-se tanto quanto queira. Durante este tempo a mulher não menstrual e praticam a abstinência sexual. É sua convicção que, der à luz um filho, e não o amamentar bem, a longo prazo, ele poderá não gostar de você, porque não ficou devidamente bem servido com o leite de seu próprio peito. Nessa sociedade, se a mulher der à luz a um filho, e dentro do próximo ano nascer outro, ela será chamada de "prostituta", porque não permitiu que a primeira criança fosse bem alimentada. Este tempo de nutrição permite um forte vínculo físico e emocional entre mãe e a criança.
Esta ligação permanecerá forte durante toda a vida da criança, dando a mãe uma extrema quantidade de poder sobre seus filhos e gerações mais jovens em geral. De fato, as mulheres têm direitos exclusivos sobre a criança até que ela seja desmamada. Estes direitos adquiridos, combinados, com a forte relação que se estabelece entre mãe e seu filho, pode significar que as crianças crescidas muitas vezes optem por permanecer com a mãe.
- A Menopausa:
( * ). Provérbio Luba: - Um deles não nasceu bonito, mas se torna belo ao longo da vida.
Para a mulher africana, a menopausa é importante, pois traz mais respeito e liberdade. Quando uma mulher é atinge este status, e tendo filhos, muitas vezes pode optar por regressar ao seu próprio local. Principalmente se ela for financeiramente capaz, puder construir sua própria casa.
(*). Na concepção Yorùbá, todas as mulheres idosas são consideradas Ìyá Mí Ajé, pois tem o poder de dar a vida, elas também não possuem uma conotação negativa, ao invés disso, elas recebem respeito, carinho, e deferência. Acredita-se ainda, que pelo fato delas possuirem o poder da vida, tenham um melhor acesso a Deus.
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